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Estágio Curricular Supervisionado em Séries Iniciais ( Professora Nara Raquel Nehme Borges )

PROJETO DE TRABALHO:  “Lendo, Imaginando e Reinventando a Vida”


APRESENTAÇÃO:
Este projeto será base de nosso trabalho de Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental a ser desenvolvido no ambiente hospitalar do Complexo Santa Casa, no Hospital da Criança Santo Antônio, pelas alunas e aluno do 5° semestre do curso de Pedagogia do IPA. O referido projeto terá duração de 80 horas de prática nos leitos.


JUSTIFICATIVA:
O presente projeto Lendo, Imaginando e Reinventando a Vida foi elaborado através da observação participante realizada no Complexo Hospitalar Santa Casa- Hospital Santo Antônio da Criança, com intenção de propor ações didático-pedagógicas adequadas às condições da criança hospitalizada.
No processo de construção do conhecimento as crianças hospitalizadas, através das diferentes linguagens e das interações que estabelecem com as pessoas, procuram entender e compreender as constantes mudanças as quais passam. As crianças observadas são muito receptivas e na sua maioria mostram grande interesse ao novo.
Muitas vezes a criança e o adolescente hospitalizados encontram-se numa realidade de exclusão social, pois estão afastados da escola, do ambiente familiar e até de sua cidade. Além disso, a criança pode sentir-se solitária e triste, por não poder se relacionar com outras crianças da sua idade.
Segundo Vigotsky, “o professor é o mediador da aprendizagem do aluno [...] e a aprendizagem se dá em colaboração entre as crianças”, e através da realidade que nos foi exposta optamos por um projeto voltado a literatura, pois constitui-se em um universo amplo de possibilidades de trabalho cognitivo com as crianças, que pode ser baseado não apenas na ludicidade, mas também em trabalhos mais consistentes, de acordo com as necessidades do educando.
A literatura permite a contemplação de todas as áreas do conhecimento, nas diferentes faixas etárias. Sobre isso a autora Maria Suely Pereira fala em seu artigo “A importância da literatura infantil nas séries iniciais” que:
“... nos anos iniciais da educação formal a criança está na fase dos sonhos e adora ouvir histórias que envolvem um mundo imaginário. Os livros que trazem a literatura devem estar sempre presentes na vida dessa criança. A boa literatura facilita o desenvolvimento da inteligência, interação e é fonte de divertimento e prazer. A literatura infantil pode para muitos parecer brincadeira, mas na realidade é o marco inicial de uma cultura e, por isso, é fundamental fazer parte da prática pedagógica do(a) professor(a) das séries iniciais.” (PEREIRA, 2007).
Os estudos sobre a literatura mostram que existem diversos motivos que justificam o trabalho com projetos de literatura em ambientes hospitalares, conforme mostra a autora Elizete Lúcia Moreira Matos, em seu livro “Pedagogia Hospitalar”:
“Dentre outros motivos, transparece a necessidade de superação do problema da inatividade da criança/adolescente hospitalizado cativo ao leito, fato esse que torna o tempo interminável, enfadonho e propiciador de expectativas negativas em relação a sua enfermidade.” (MATOS, pg. 134).
O foco da pedagogia hospitalar é a comunicação que se dá através da segurança. A criança precisa “esquecer” a sua dor, voltando-se para atividades educativas que proporcionem afeto, conforto e solidariedade em meio a esse momento de enfermidade.
O trabalho com a literatura no ambiente hospitalar permite que as crianças interajam entre si, promovendo a aprendizagem e possibilitando momentos de descontração.
Visando melhorar a auto-estima das crianças acamadas, pretendemos esclarecer que todos podem aprender superando suas enfermidades e apropriando-se do seu direito à educação, conforme o exposto na lei maior que rege o nosso país, a Constituição Federal de 1988, mais precisamente no Título VIII – Da Ordem Social, Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, artigo 205:


“a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.


Considerando que a criança hospitalizada, encontra-se afastada do ambiente escolar, cabe a nós educadores assumir a tarefa de intermediar a criança com a escola durante a hospitalização, auxiliando no acompanhamento pedagógico durante esse período. É através dessas idéias que foram traçados os objetivos desse projeto.


OBJETIVO GERAL:


Proporcionar as crianças do HCSA um ambiente lúdico, interativo, humanizador despertando a imaginação, a criatividade e a fantasia através da literatura.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


Despertar o gosto pela leitura através do uso de diferentes literaturas;
 Estimular a imaginação e a fantasia a fim de enriquecer o potencial criativo da criança;
 Proporcionar a crianças momentos de descontração e aprendizagem paralela a rotina hospitalar;
 Envolver os acompanhantes dos pacientes nas atividades, reforçando os vínculos afetivos;
 Explorar novos saberes através da literatura de forma interdisciplinar;
 Interagir com os outros pacientes, desenvolvendo a socialização e o trabalho em grupo.
 Ampliar seu vocabulário
 Recontar a história demonstrando a compreensão da mesma.
 Representar pelo desenho a sua compreensão da mesma.


CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:


Conceituais:


Português
Leitura e escrita;
Produção textual;
Estudo de diferentes textos;
Ciências
Higiene
Alimentação
Corpo
Natureza
Matemática
Jogos lógicos matemáticos
Operações matemáticas
Resoluções de problemas
Artes:
Pintura
Recorte
Colagem
Modelagem
Dramatizações
Oficinas de sucatas
Musica:
Seções historiadas
Instrumentos musicais
Historia e geografia:
Identidade
Profissões
Espaço geográfico hospitalar


Procedimentais:


Leitura
Escrita
Construção da biblioteca móvel
Construção do correio da amizade
Jogos Pedagógicos: bingo, cruzadinhas, dominó, memória, quebra-cabeça, entre outros);
Resolução de histórias matemáticas
Construção de cartazes;
Confecção de fantoches;
Entrevistas;
Desenvolvimento da pintura, recorte e colagem.


Atitudinais:
Valorização da auto-estima;
Reconhecimento do eu e do outro;
Colaboração nas atividades propostas;
Relação estagiária (a) x aluno (a);


METODOLOGIA:


No primeiro momento faremos a anamnese nos leitos com intuito de conhecer melhor os pacientes com os quais realizaremos as práticas pedagógicas.
As atividades do projeto “Lendo, Imaginando e Reinventando a Vida”, terão duração de 80 horas de prática nos leitos e contemplará interdiciplinarmente diversas áreas do conhecimento.
Apresentaremos a caixa pedagógica composta com materiais diversos e atividades interdisciplinares para as diferentes faixas etárias.
Organizaremos a biblioteca móvel com diversos livros infanto-juvenis, revistas, jornais, entre outros recursos.
Faremos um correio da amizade: uma caixa de correio onde vai circular pelos leitos com cartas e/ou mensagens trocadas entre os pacientes, acompanhantes e funcionários do hospital.
Festa em comemoração ao dia das Mães onde faremos uma dramatização utilizando o livro: “Se as coisas fossem mães” da autora Sylvia Orthof e entrega do presente surpresa confeccionado pelos alunos, tendo como encerramento a música “amor eterno”.
Realização da festa junina com brincadeiras típicas e a apresentação da bandinha musical formada pelos alunos, utilizando instrumentos musicais criados pelos mesmos.


RECURSOS:


Lápis de cor
Canetinhas
Giz de cera
Revistas
Livros
Jornais
Sucatas
Cola
Tesoura
Cola plasticor
Tinta
Palito de picolé e fósforo
Folhas coloridas
Pincel
Papéis: crepom, dobradura, laminado, ofício.
EVA, TNT
Cd’s
Dvd’s
Livro: “Se as coisas fossem mães”


AVALIAÇÃO:


A avaliação será processual e contínua e se dará pela observação do desempenho, do interesse, dos níveis de conhecimento, da participação, da motivação, da organização, da interação com o grupo, respeitadas as singularidades.
Visando e priorizando o interesse e o desenvolvimento dos alunos diante das atividades propostas.









A ESCUTA PEDAGÓGICA À CRIANÇA HOSPITALIZADA: DISCUTINDO O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO HOSPITAL


O artigo busca compreender o papel da educação para a criança hospitalizada analisando a ação do professor no Hospital Universitário Antônio Pedro- Niterói, RJ.
Destacando a educação da criança hospitalizada, pois a mesma deixa seu convívio,sua família,amigos e principalmente a escola,essa criança deixa de ser uma criança e vira um paciente que vive uma outra realidade.
A pesquisa teve origem pela preocupação que surgiu apartir da evasão escolar desses pacientes que permaneciam hospitalizados durante um período muitas vezes longo,assim foram pesquisados formas de fazer com que o paciente passe a ter um momento de aprendizagem.
O trabalho pedagógico no hospital é um forma de deixar claro que a educação não é exclusiva da escola e o hospital não é exclusivo para doentes,então dentro do hospital o paciente é educado e cuidado ao mesmo tempo.
O educador da classe hospitalar tem com definição diminuir a evasão escolar e ajudar na recuperação dos pacientes como todos os profissionais que estão ali envolvidos.
A escuta pedagógica tem como objetivo resgatar não só auto-estima mais sim construir conhecimentos não só didáticos mas da sua rotina,do seu espaço,mostrando para o mesmo a oportunidades prazerosas,de alivio,proporcionando ao educador e o paciente momentos de sentimentos verdadeiros diminuindo a dor de estar excluído do meio social.
A pesquisa começou apartir da observação participante, que no primeiro momento teve como objetivo observar a linguagem verbal e não- verbal( os olhares,os gestos e desenhos)assim desenvolveu atividades com crianças e adolescentes que poderiam sair e se locomover indo até a sala de recreação.
No segundo momento observou os pacientes que estavam em sua segunda internação e aqueles que estavam mais de trinta dias de hospitalização.Foi realizado atividades individual e coletivamente entre os pacientes,conforme sua faixa etária.
Por não saber o tempo em quem os pacientes se encontrariam no hospital,as atividades tinha começo,meio e fim, para que todos pudessem aproveitar a proposta .As atividades realizadas em grupo aconteciam duas vezes por semana, na sala de recreação,as atividades eram escolhidas de acordo com a faixa etária,exigência de diferentes níveis de organização mental,atenção,respeito ás regras,convívio social,conhecimento da rotina hospitalar,conhecimento da sua doença e de seu corpo, e expressão de seus pensamentos e sentimentos através da linguagem oral,gráfica e corporal.
Conclui-se que o artigo quis passar o direito da criança hospitalizada e o papel do educador nesse espaço diferenciado do espaço escolar,proporcionando ao paciente não só uma aprendizagem mais sim um momento de carinho,sentimento,e confiança no educador e em si próprio.