♥ Não há saber mais ou menos,há saberes DIFERENTES ♥

      Jean Piaget, para explicar os seus estudos sobre o desenvolvimento intelectual da criança, partiu da idéia que os atos cognitivos,são atos de adaptação ao meio físico ou seja quando a criança organiza o pensamento sempre procurando manter um equilíbrio.
     Piaget, constata que a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento total do organismo,ainda segundo ele a adaptação é a essência do funcionamento intelectual, assim como a essência do funcionamento biológico.
    Uma tendência é a organização que constitui a habilidade de integrar as estruturas físicas e psicológicas em sistemas coerentes,ainda segundo Piaget a adaptação acontece através da organização, e assim, o organismo discrimina os estímulos e sensações. Esse processo de adaptação é então realizado sob duas operações, a assimilação e a acomodação.
    Antes de prosseguir com a definição da assimilação e da acomodação, é interessante acrescentar o conceito de que é amplamente utilizado quando essas operações, assimilação e acomodação, são empregadas, esse conceito é o esquema,ou seja, estruturas operatórias que registram conceitos e símbolos construídos.
   Embora Piaget tenha apontando três tipos de equilibração,ele lembra que os tipos possuem um o comum aspecto de serem todas relativas ao equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, além de conduzir características positivas pertencentes aos esquemas no sistema cognitivo.
Sensório-motor ( 0 a 2 anos): Nesse estágio a criança começa a partir de reflexos neurológicos básicos,onde o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio.
Pré-operatório(2 a 6 anos): É nesta fase que na criança, tem a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação e esta substituição é possível, conforme Piaget, graças à função simbólica.
Operatório-concreto(6 aos 11 anos): Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade,sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade.
Operatório-formal (11 aos 16 anos): É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento,A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.
      Piaget adere a uma objetividade maior a de formar novos modos de pensar geograficamente, abordando as linhas da espacialidade e da cartografia, dentro dos espaços básicos da Geografia,o território, a paisagem e lugar .Levando em consideração a valorização dos conceitos e os objetivos da nova realidade, sendo assim os estudos de Piaget oferecem subsídios de como a criança constrói seu conceito de espaço.Já para Vygotsky o estudo da geografia deve ser trabalhado com o aluno apartir de seus conhecimentos prévios,de suas vivências enriquecendo o trabalho de desenvolvimento e do processo de aprendizagem,assim terá uma significação no desenvolvimento e dos objetivos geográficos.



      O principio da urbanização se deu a partir do inicio da industrialização no governo de Getulio Vargas onde houve o deslocamento de 35% de pessoas das zonas rurais para a cidade pela atração pelos empregos que as empresas ofereciam e a busca pela educação e saúde mais especializadas, com isso as pessoas se tornaram a mão de obra da sociedade.
      O maior pico do crescimento da urbanização foi nos anos 60 quando chegou a 55% das pessoas onde começou a acarretar na favelização, pois as pessoas saiam da zona rural e não tinham muitas escolhas para viver. No decorrer dessa favelização acarretou a marginalização daquelas pessoas desfavorecida que não conseguiam emprego assim gerando a pobreza que levou ao furto e outras marginalidades.
As coisas não mudaram somente no começo de uma favelização e de uma marginalização e sim eliminando os pontos antigos e de referências das memórias sociais, sendo o começo de construção de casas, prédios, viadutos, enfim uns amontoados de casas que tirou até a liberdade das crianças que antes brincavam nas ruas e hoje não possam ter essa liberdade por vários aspectos um deles por exemplo é a marginalização.
      O individuo trabalhador de hoje vive na tensão do dia-a-dia indo do serviço para casa, da casa para o serviço, assim perdendo a oportunidade de usufruir do lazer, pois trabalham muitas horas por semana que se resta algum tempo é para tentar aliviar a cabeça e descansar, deixando de lado as coisas boas da vida que algum tempo atrás podia fazer e acaba destruindo a memória social.
      Com esse crescimento das metrópoles acabou-se deixando de lado o sentido das ruas e da paisagem, um exemplo disso são os espaços públicos para as crianças brincarem que não são mais os mesmos, pois com a favelização seguida da marginalização fez com que as pessoas acabassem se enclausurando em condomínios assim sendo sufocados pelas conseqüências desta sociedade capitalista.